Guareí, uma cidade vivendo á sombra do vulcão.

Para melhor esclarecimento e compreensão do título desta postagem, aponto o recrudescimento do crescimento e importância do município como importante centro de referência agroindustrial e pecuarista regional.
Por mais movimentada e pulsante que pareça visualmente em nossas ruas urbanas a economia municipal nesse sentido, os resultados obtidos com políticas públicas e privadas apenas se limitam a operar sistemas praticamente medievais para não dizer feudais a muito aqui estabelecidas no quesito de produtividade.
Como ondas de crescimento que se quebram ao atingir a praia, movimentos de produção agrícola em áreas segmentadas nascem e morrem do dia para a noite, sem se perpetuar e se transformar em investimento seguro ao produtor rural, seja por aspectos mercadológicos dos produtos cultivados com altas e baixas ou por simplesmente falta de apoio governamental, isso em todas as esferas de poder.
Não raro se elevam construções de granjas de aves e porcos, estufas para hortaliças e legumes, áreas de plantio de grãos, vastas áreas de eucalipto e outras lavouras, por onde você passa ou possa olhar, sem que em momentos quase que de lapsos de alguns anos, nos mesmos locais, apenas se vejam somente ruínas e abandono do que um dia foi um sonho de ver a produtividade manter a propriedade sem depender de outras fontes de renda urbanas ou de aposentadorias a muito conseguidas mas nunca usufruídas pelo lavrador, face ao baixo valor do benefício pago pelo governo.
A saga de qualquer município é crescer, se desenvolver e levar o seu cidadão ao patamar de tranquilidade e qualidade de vida, o que nos leva a reiterar a vocação unicamente agrícola e pecuária de nossa cidade, onde o perímetro urbano é mero coadjuvante dos meios rurais, daí a necessidade de implementar políticas direcionadas única e exclusivamente ao produtor rural por meio de projetos de longevidade permanentes ligados a produção agrícola e criação de gado, assim como o beneficiamento da madeira produzida com o plantio de eucalipto e pinus e o beneficiamento da resina extraída dessas árvores aqui em nosso município e não da forma como vem sendo feita, em extração e envio a outros centros comerciais e industriais para seu beneficiamento, os quais são beneficiados com os impostos, mãos de obra e valor agregado ao produto que sai daqui in natura.Para não dizer do volume de gado e porcos aqui criados que mesmo com a existência de um frigorífico aqui instalado, são levados para abate em cidades vizinhas que crescem com a arrecadação e consequentemente transformados em benefícios á população com os altos valores agregados a carne beneficiada e empacotada que é mandada para o mundo inteiro.
Verifica-se que existe boa vontade das autoridades locais para que as coisas sigam nesse sentido, fato que verifica-se explicitamente no plantio da melancia e na festa ao seu redor, entretanto vontade não basta, a de se estabelecer metas e prioridades e focar no sentido certo para que tudo se realize, lembrando que são metas de médio e longo prazo, portanto políticas de governo e não de partidos ocasionalmente ocupantes de cargos políticos, devendo para tanto serem colocados todos os órgãos necessários ao seu desenvolvimento de forma alinhada e uníssona nessa direção, inclusive com doações de áreas para sua instalações e produção.
Estados e cidades do sul do País, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina a muito se descobriram ruralmente vocacionadas  e hoje vivem não a sombra do vulcão na incerteza de quando explodirá ou se ele explodirá, mas dos frutos de assumir sua vocação agrícola e desenvolver sua indústria plenamente e permanentemente direcionada para o beneficiamento e agregramento de valor a suas produções, bastando para isso consultar onde ficam os maiores frigoríficos e indústrias alimentares do Brasil, é só copiar, ninguém precisa inventar a roda, basta uma visita a estes Estados e municípios fundados igualmente por alemães como Guareí, estabelecer vínculos e parcerias e lembrar que o mercado brasileiro é gigantesco e estamos falando de alimentos, item de primeira necessidade de todo ser humano.

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