Modernidade e Tradição

 A política brasileira se encontra em um momento decisivo, ao mesmo tempo que olha para o retrovisor, necessita se dirigir e se voltar ao futuro onde se encontra o Brasil do futuro e todos que nele estão embarcados.
Antigos costumes de pelejas políticas soam antiquadas e de lutas por interesses pessoais, atitudes que vinham arraigadas ás eleições devem ser abolidas em prol do bem estar do cidadão e por regras modernas de gestão administrativa.
Soltar rojão sobre a casa dos perdedores das eleições era um costume bastante comum em um passado recente, que após deixado de lado por leis e ocorrências policiais que desencadeavam esses atos, foram substituidos por demandas judiciais deflagadas pelo político eleito contra seu antecessor.
Fato comum em todos as esferas, as referidas ações judiciais buscavam e ainda buscam em sua grande maioria, a persiguição implacável do político derrotado e do grupo opositor, utilizando o poder judiciário como meio de atingir seus objetivos, o inviabilizando eleitoralmente.
Entretanto é importante ressaltar que iniciar um processo judicial ou judicializar toda e qualquer demanda que surgem de questões comus ao cotidiano administrativo antes de se buscar soluções técnicas e dentro da legalidade da gestão Federal, Estadual ou Municipal, sem o mínimo de provas ou esperar produzí-las em processo de conhecimento judicial, deve ser decidida com muita cautela, tendo em vista o instituto da litigância de má-fé ora instituído com veemência no novo código de processo civil que entrou em vigor em março desse ano, podendo impor ao autor incauto, pesadas punições financeiras .
O Brasil neste exato momento se encontra judicializado, onde todos se voltaram para o poder judiciário e seus desdobramentos em cada operação deflagada pelas autoridades, fato que deveria ser mais um ponto positivo para o desenvolvimento e fortalecimento da democracia e que deveria caminhar junto com as demais atitudes que seus governantes praticam, principalmente aquelas que por incrível que pareça em meio a tanta bandalheira, são positivas mas nunca noticiadas pela imprensa, haja vista que a desgraça que atrai os telespectadores são as que produzem mais conteúdo e retorno financeiro aos empresários desse meio.
Qualquer estudante de direito sabe que o poder judicário somente intervem nas relações humanas quando as pessoas são incapazes de resolverem civilizadamente seus conflitos de interesse, precisando de um juiz para que digam em um processo litigioso, o que fazerem mediante uma sentença que vai sempre desagradar uma das partes envolvidas.
Cada vez mais as gestões públicas devem buscar exemplo na seara empresarial privada, onde as empresas buscam metas e metodos organizacionais de excelência para seus funcionários e qualidade em seus produtos e serviços sem os quais irão a falência e quando não acontece isso continuam funcionando de forma deficitária e com prejuísos acumulados; um bom exemplo são as iniciativas de Participação público privada(PPP) onde o poder público se alia a iniciativa privada, sendo uma das únicas saídas para um Estado brasileiro, incluindo também Estados e municipios para que não afundem completamente nas dívidas internas e externas, restando somente o cenário de guerra civil para ilustrar um tenebroso destino para o país.
Vão dizer que estamos no século 21, que estas questões de intervencionismo militar é “démodé”, ou seja, saiu de moda, mas é bom lembrar que a solução militar ou qualquer nome que queram dar para que sejam empregadas tropas federais para um Estado a beira do colapso, ela tem base constitucional, legal e de dever de ofício das pessoas que as compõem, para serem iniciadas sem que os mesmos estejam “ dando um golpe de estado” como mais popularmente se reportam a tal situação.

Todas as instituições brasileiras devem agir dentro de suas atribuições, Executivo legislativo e Judiciário, mas sempre de forma equilibrada, convivendo dentro dos limites civilizatórios e legais, nunca, absolutamente nunca, tirando de foco que tudo deve ser feito em prol da nação brasileira e consequentemente para seu povo, que em hipótese alguma deve ser subestimado de dentro dos gabinetes públicos, em sua capacidade de reagir.

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